A promulgação da lei que permite o chamado casamento entre pessoas do mesmo sexo teve um raro êxito: conseguiu desagradar a todos. Muitos portugueses ficaram decepcionados com esta iniciativa do governo, sancionada pelo parlamento, viabilizada pelo tribunal constitucional e, por último, promulgada pelo presidente da república. Não obstante o complexo itinerário observado por este diploma legal, persistem dúvidas quanto à sua legitimidade democrática, sendo certo que o mesmo ofende princípios básicos da vida social, para exclusivo benefício de uma muito poderosa minoria que, com a cumplicidade dos órgãos de soberania, impôs-se à maioria silenciosa da nação.
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